terça-feira, 4 de agosto de 2009

Apenas um quadrado?

Hoje, foi um dia comum como tantos outros, mais muitas vezes precisamos de ajuda para enxergar as coisas com outros postos de vista. É difícil, porem se pararmos para analisar as coisas existe varias das quais podemos simplificar, mais geralmente complicamos, deixamos a fantasia e o espírito de criança longe e nem recordamos qual foi a ultima vez que buscamos algo da qual gostamos mesmo de fazer. Depois de mais um capitulo da novela, onde sonhamos com romances impossíveis, resolvi voltar ao e-mail do meu irmão Loki e ler um dos livros que ele me mandou. Me senti tão empolgada lendo o livro que não senti o tempo passar, terminei de ler o livro e me senti tão empolgada de colocar em pratica as coisas que eu li, que resolvi até postar uma das partes aqui. O autos do livro “O Livro da Bruxa” é Roberto Lopes e aqui vai uma das varias partes que me encantaram nesse livro.




O quadrado





“Quando terminou, tinha criado a figura de um quadrado com duas diagonais.
— O que significa esse desenho para você? — perguntou, mostrando-me sua obra.
— É algum tipo de teste para avaliar meu perfil psicológico ou posso responder sem medo de estar sendo analisado? — perguntei, tentando ganhar tempo.
— Apenas gostaria de saber o que você vê nele — tranqüilizou-me.
— Aparentemente é um quadrado e suas duas diagonais... Acertei?
Ela esboçou um sorriso, percebendo minha tensão em responder algo inteligente.
— Não existe certo nem errado. É apenas um desenho — disse.
Ela parecia estar se divertindo com minha preocupação.
— Quando você o vê como um quadrado e suas diagonais, que pensamentos vêm à sua mente? — perguntou.
— Quer realmente saber isso? — indaguei, tentando ganhar mais algum tempo.
— Só se você não quiser contar — respondeu, divertindo-se com minhas evasivas.
— Então vamos lá — declarei, decidido. — Esse desenho me faz lembrar um problema de geometria...
Fico até angustiado imaginando se a próxima pergunta será sobre o valor de algum ângulo ou o cálculo da distância entre dois pontos... Acho que não são lembranças muito boas do tempo da escola — concluí.
Ficamos alguns segundos em silêncio.
— Não precisa ficar angustiado. Vou salvá-lo dessa situação... A figura pode ser o desenho de um envelope. Consegue vê-lo? — perguntou.
Olhei novamente para o papel.
Como num passe de mágica, o problema de geometria havia desaparecido e lá estava o desenho de um envelope. Nenhuma linha havia mudado, mas milagrosamente a figura era outra.
Não consegui disfarçar e sorri como uma criança deslumbrada. Sempre gostei muito de mágicas e, quando vi o envelope, foi como se tivesse visto um elefante saindo de uma caixa de fósforos.
— Ah, é um envelope não pude percebê-lo da primeira vez, mas agora..
— Que tipo de pensamentos este envelope lhe traz? — perguntou, séria.
— Envelope... envelope... — fingi estar procurando algo na memória.

...

— Brincar com esta figura é uma forma de exercitar esta capacidade. Se soubermos utilizá-la, poderemos perceber as maravilhas ocultas em nossa rotina e modificarmos nossas vidas.
Uma nota de melancolia insinuou-se em sua voz, e ela começou a falar como se estivesse conversando consigo mesma.
— Infelizmente este nosso dom é pouco utilizado. Essa é a principal causa pela qual as pessoas atrofiam a capacidade de se maravilhar com o mundo. Tornam-se angustiadas e insatisfeitas. Não conseguem ver os tesouros que estão todo o tempo bem diante de seus próprios olhos — suspirou.
De repente, como se tivesse sido apanhada distraída durante o trabalho, retomou a disposição anterior.
— Que mais você consegue ver aqui? — disse, indicando o desenho.
— Ainda há outras coisas nesta figura? — perguntei incrédulo.
...
— Muito bem. Vou lhe dar mais uma possibilidade... mas se quiser outras terá de consegui-las sozinho, combinado? — propôs.
— Combinado — concordei.
— Então tente um corredor bem comprido. Um corredor infinitamente longo — sugeriu.
— Um corredor?
Olhei para o desenho e a pirâmide havia-se trans-formado num longo corredor. Lá estavam as paredes, o teto e o piso seguindo até o infinito.
Não contive minha surpresa.
— Você é uma bruxa de verdade, não é? — perguntei.
— Sou como o desenho. Posso ser uma bruxa ou muitas outras coisas. Acho que preferiria ser uma fada. As bruxas não são bem-vistas pelas pessoas. Entretanto, uma bruxa é mais compatível com a forma na qual você me vê. Então, continuarei sendo uma bruxa, está bem? — declarou, divertida.
...
— Gostaria de ver isso na prática — suspirei. — Dê-me um exemplo.
— Ah! sempre relutando em tentar sozinho. Nada como ter tudo mastigadinho, não é? — censurou-me.
Voltou para a cama e cobriu-se com o lençol.
— Vou providenciar alguns exemplos práticos para você, mas também ficará a seu cargo estendê-los para todas as outras coisas da sua vida.”


O texto é um pouco grande, então cortei algumas partes, porem quem quiser ler o livro todo pode encontrar nesse site http://patriciaksf.wordpress.com/2009/04/26/o-livro-da-bruxa-roberto-lopes . O livro é muito bom e contagia quem o ler. Você consegue ver mais imagens nessa figura? Consegue transformar a sua vida e vê-la de um ângulo melhor?
Aqui vai a dica, procure, veja, observe, está nos pequenos lugares, onde muitas vezes não vemos nada, mais estão ali esperando por você, apenas para te ver sorrir e feliz.

Agradeço ao Loki que me proporcionou a leitura agradável desse livro e o ponto de vista que poderei ver a vida agora.

2 comentários:

  1. Realmente... essa história do quadrado me ajudou muito com meus problemas... e não só os meus... os daqueles que contei essa história tmb... ^^
    Te amo muito, Meu Amor... s2s2s2s2s2
    *-*

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  2. mto bom!
    vou ler esse livro..
    bjos!

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